Estou em construção....
Sempre achei o Gabriel Chalita um sujeito bastante insosso.
Mais uma vez, coloquei em prática meu eterno hábito de julgar o livro pela capa
e percebi que desperdicei um bom tempo desprezando seus textos e contribuições
por puro preconceito. Mas como diria o Joseph Climber, "a vida é uma
caixinha de surpresas". Hoje recebi um texto do Chalita. Reflexivo,
sensato. Lindo! (o texto, hahah). Quis compartilhar aqui, pois para quem está
em versão beta, este texto apresenta uma significativa melhoria nas
funcionalidades perdão e compreensão.
"Durante a nossa vida causamos transtornos na vida de
muitas pessoas, porque somos imperfeitos. Nas esquinas da vida, pronunciamos
palavras inadequadas, falamos sem necessidade, incomodamos. Nas relações mais
próximas, agredimos sem intenção ou intencionalmente. Mas agredimos. Não
respeitamos o tempo do outro, a história do outro. Parece que o mundo gira em
torno dos nossos desejos e o outro é apenas um detalhe.
E, assim, vamos causando transtornos.Esses tantos
transtornos mostram que não estamos prontos, mas em construção. Tijolo a
tijolo, o templo da nossa história vai ganhando forma. O outro também está em
construção e também causa transtornos. E, às vezes, um tijolo cai e nos
machuca. Outras vezes, é o cal ou o cimento que suja nosso rosto. E quando não
é um, é outro. E o tempo todo nós temos que nos limpar e cuidar das feridas,
assim como os outros que convivem conosco também têm de fazer.
Os erros dos outros, os meus erros. Os meus erros, os erros
dos outros. Esta é uma conclusão essencial: todas as pessoas erram. A partir
dessa conclusão, chegamos a uma necessidade humana e cristã: o perdão.
Perdoar é cuidar das feridas e sujeiras. É compreender que os transtornos são muitas vezes involuntários. Que os erros dos outros são semelhantes aos meus erros e que, como caminhantes de uma jornada, é preciso olhar adiante. Se nos preocupamos com o que passou, com a poeira, com o tijolo caído, o horizonte deixará de ser contemplado. E será um desperdício. O convite que faço é que você experimente a beleza do perdão. É um banho na alma! Deixa leve! Se eu errei, se eu o magoei, se eu o julguei mal, desculpe-me por todos esses transtornos… Estou em construção!"
Não faço ideia de quantas pessoas eu já tive a infelicidade
de magoar. Mas acredito que para qualquer um de nós, reconhecer que não há
perfeição em si mesmo e que perdoar faz parte da vida é o primeiro passo para
um processo de libertação. Libertação da imposição da perfeição, da necessidade
de ser tudo para todos. Liberte-se...perdoe!
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É lindo esse texto, e ele tb rsrsrs
Pois é Cristiana, preciso reconhecer. Outro dia, a Deputada Manuela D'Ávila reclamou que no meio político, só falavam da beleza dela, mas esqueciam do "bonitão do Chalita". ;)
Excelente texto do Chalita! Adorei a analogia do tijolo, é bem assim mesmo...
Esse texto esta sendo veiculado como sendo do Papa Francisco.